terça-feira, 12 de agosto de 2014

Na guerra em Gaza os únicos inocentes são os civis

Mais um horrendo ataque à Faixa de Gaza
O tema que tomou as capas de jornais e consequentemente a boca do povo é a intervenção israelense na Faixa de Gaza e a retaliação do grupo extremista palestino, Hamas. Sobre tal postulado, o que mais se houve são as tentativas de punir ou isentar a culpa de algum dos lados. O que se percebe, contudo, são extremistas com posturas antissemitas ou antiarabistas, os quais parecem não poder encontrar um meio termo.

Tais partidarismos para qualquer um do lados são prejudiciais e mostra-se que os únicos que sofrem com isso e suas consequências são os civis que perdem a moradia, a energia, a comida e família e muitas vezes a própria vida.

John Kerry e o conservador "Bibi" Netanyahu
Com a exaltação da atitude israelense o egocêntrico e intensamente questionado (inclusive pelo secretário de Estados dos Estados Unidos, John Kerry e pelo presidente Barack Obama) primeiro-ministro israelense, Benyamin Netanyahu, vê mais motivos para seguir atacando Gaza. Conservador, ele não quer perder territórios e ferir os direitos humanos não parece ser um problema para seu governo, visto que até uma escola da ONU foi alvo de bombas de Israel. Todos os argumentos para a desproporcionalidade de força não são mais válidos; militares do país já garantiram que quando lançam o míssil não sabem o que atingem, refutando a ideia de que evitam as mortes civis, “as quais só ocorrem por uso de escudos humanos pelos terroristas”.

Por outro lado, não é válido também colocar os palestinos como santos na história. O grupo Hamas não é paramilitar ou o exército de uma nação; é um grupo terrorista com desdobramentos políticos. Enaltecer suas atitudes e sofrer com suas perdas só fortalece o grupo, que com a demonização de Bibi por parte da mídia ganha apoio e adeptos. Tal fortalecimento não se restringe à mais-querer o grupo, mas expande-se para o ramo financeiro (a base de qualquer grupo terrorista, que se desarticulado reduz o poderio dos criminosos). Hoje, milionários é de conhecimento geral que milionários do Catar investem no grupo, que já possui renda de quase 2 bilhões de dólares.

Terroristas dos Hamas fortemente armado

Em síntese, vê-se que nem o governo de Israel nem os extremistas islâmicos estão certos. Ambos possuem seus motivos: os judeus defendem uma nação, que está em um dos mais venturosos territórios do mundo; já os árabes brigam por um país, que insistentemente é negado por Israel. Entretanto, também exageram: o governo de Netanyahu possui defesas contra os mísseis do Hamas, portanto não sofre tanto, mas mesmo assim ataca sem dó; enquanto isso, o grupo palestino são pouco flexíveis (não querem meio território, querem tudo o que hoje se chama Israel).

Palestinos, sem defesa militar, alimentos ou energia vivem em situação de miséria. E judeus não passam um dia sem temer um atentado terrorista à sua escola ou seu ônibus. É triste, mas quem mais sofre são os civis.

domingo, 23 de março de 2014

¡Visca el Barça!

Devido ao terceiro ano escolar fazia um bom tempo que eu não parava para apurar o quão bom está o futebol europeu. Assistir é Paulistão é bom (inclusive acho que devemos valorizar mais o futebol brasileiro), mas o nível de grandes clubes do Velho Continente é incomparável. Neste domingo, tive tempo para deixar os estudos de lado, sentar no sofá com um bom balde de pipoca e acompanhar o que há de melhor no mundo esportivo: el clásico!

Como torcedor do Barcelona (mesmo que tendo como motivo maior a presença de Messi e Neymar em seu elenco) fiquei feliz de ver logo aos 7 minutos Iniesta abrir o placar com um golaço. Neymar e Messi tentavam sair para o jogo para ampliar o placar, mas ainda estavam travados, fora do clima do Santiago Bernabeu. Em contra partida Benzema estava solto, flutuando no campo de ataque e com isso conseguiu não só abrir o placar como também marcar o gol da virada. Este que foi um golaço de placa. O francês recebeu um cruzamento da esquerda e após matar no peito, sem deixar a bola cair, matou o goleiro Valdés (que se provavelmente despede do clásico pelo fato que irá mudar de clube na próxima temporada); 2 a 1 para os donos da casa. No final do primeiro tempo ainda deu para vibrar quando Neymar (o jogador mais visado por mim em campo) recebeu dentro da área e serviu seu companheiro argentino da camisa 10 que fez seu primeiro na partida.


Mesmo com 4 gols em apenas 45 minutos, o primeiro tempo foi relativamente morno. Muitos gols, mas sem muitas chances de gol. Tata Martino preferiu ser conservador e assim foi até os 10 do segundo tempo, quando o jogo se inflamou. Dani Alves cometeu uma falta em Cristiano Ronaldo fora da área o juiz, que só começava suas falhas, marcou o pênalti. Com o lusitano na cobrança não há dúvidas de que a bola entrou.

A derrota com o injusto pênalti deixava a pequena torcida catalã que compareceu ao estádio enfurecida, mas apenas por 10 minutos. Aos 20 da segunda etapa, quando Tata já havia anunciado que tiraria Neymar, o camisa 11 recebeu um ótimo passe, tirou da defesa e caiu sozinho; diria até que simulação. Entretanto, essa foi a segunda falha do juizão, que marcou pênalti e para não deixar barato ainda expulsou Sergio Ramos; para o delírio das mulheres que assistiam a partida. Messi cobrou e com toda a sua categoria, obviamente marcou. Com um a menos o Real teve que se fechar e assim o Barça encontrou espaço para mais um. Mais um pênalti! Iniesta foi derrubado pro Xabi Alonso e novamente o argentino cobrou se tornando assim o primeiro jogador blaugrano a marcar um hat-trick no clásico (do qual agora é o maior artilheiro) e fez dos merengues suas maiores vítimas: 21 gols com o clube, um a frente do Atlético de Madrid.

E assim terminou a partida, com um show de Messi e Iniesta e uma boa atuação de Cristiano Ronaldo e Benzema. Independente de qualquer clubismo, vale ressaltar que os dois times jogaram de igual para igual. O time de Carlo Ancelotti explorou melhor os cruzamento enquanto o Barça chegou bem pelo chão e contou com dois pênaltis a seu favor. Iniesta além de assistente fez um gol, o que só não lhe rende o prêmio de melhor da partida devido aos três de Messi. Bale? Poucas arrancadas e poucas chances de gol; decepcionando. Neymar infelizmente ainda não faz o que se espera (e se pagou para) que ele faça, mas devido à assistência e à sofrer o pênalti tirando muito bem da zaga madrileña pode-se dizer que ele fez um bom jogo.

Agora, deixando qualquer imparcialidade de lado: ¡Visca el Barça!